Sou de uma estirpe antiga de observadores do tempo.
Estou, sempre que posso, à janela da vida.
Sendo assim,
demorei a falar:
gozava a vivência das linguagens dos outros.
Estou, sempre que posso, à janela da vida.
Sendo assim,
demorei a falar:
gozava a vivência das linguagens dos outros.
Preferia chupar o dedo.
Fruir as significâncias que
imprimiam ao mundo.
Ler, por outro lado foi ligeiro:
Prazeres
maiores que
ver e ouvir e matutar
o que disseram de caso pensado
são poucos.
Matutar...
Meu verbo é de observâncias e de comunhões estreitas.
Gosto mesmo do bololô cadenciado
de sons e ideias que põem em ritmo a vida.
ver e ouvir e matutar
o que disseram de caso pensado
são poucos.
Matutar...
Meu verbo é de observâncias e de comunhões estreitas.
Gosto mesmo do bololô cadenciado
de sons e ideias que põem em ritmo a vida.
Gosto da pêga em ouvir minha
tia Xana dizendo:
“Tá
escrito na bíblia!
O prazer da vida, minha filha, é comer, beber e se regalar...”
O prazer da vida, minha filha, é comer, beber e se regalar...”
Regalo, desde sempre, uma existência de fruições.
“Aqui se fala essa língua!”
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